quarta-feira, 31 de outubro de 2012

As sete virtudes do Samurai e AIKIDO



Yuuki (勇) - Coragem, Valor, Bravura: para enfrentar as dificuldades encontradas;
Jin (仁) - Humanidade, Misericórdia, Benevolência: para ajudar outras pessoas;
Gi (義) - Justiça, Retidão, Integridade: para escolher o caminho a ser seguido;
Rei (礼) - Etiqueta, Cortesia, Civilidade: para me relacionar e conviver harmoniosamente com outras pessoas;
Makoto (誠) - Sinceridade, Honestidade, Realidade: para contribuir com o crescimento pessoal de si próprio e dos outros que nos cercam;
Chuugi (忠義) - Lealdade, Fidelidade, Devoção: para que as pessoas possam confiar sempre que precisarem;
Meiyo (名誉「名譽) - Honra, Credibilidade, Glória; também Reputação, Dignidade, Prestígio: para respeitar e ser respeitado nas decisões tomadas.

O que poucas pessoas sabem é que estas virtudes estão também diretamente ligadas a vestimenta nas artes marciais. Cada arte possui seu Keikogi (稽古着; keiko = treinamento; gi = roupa), apropriado e indispensável para sua prática. A palavra Keikogi ou Keikogui (稽古衣) é comumente substituída pela palavra Gi (着 ou 衣), o que não é correto já que esta segunda por si só não representa o mesmo significado. Uma substituição correta seria Dogi (道着) que significa "uniforme usado no caminho escolhido", onde pode-se colocar o nome da disciplina praticada no lugar de "do", obtendo-se assim o significado exato de dogi:
Aikidogi (合気道着 ou 合気道衣, uniforme de Aikido);
Kendogi (剣道着 ou 剣道衣, uniforme de Kendo);
Judogi (柔道着 ou 衣, uniforme de Judo);
Jujutsugi(柔術着 ou 柔術衣, uniforme de jiu-jitsu);
Karategi (空手着 ou 空手衣, uniforme de Karate);O Dogi não é apenas uma vestimenta a ser utilizada nos treinos. Existe todo um simbolismo próprio em relação a ela mesma, aos princípios do Budo, das virtudes dos samurais e da arte marcial praticada. A roupa usada na prática do Aikido é composta pelo casaco (wagi) e calça (shitabaki) brancas e uma faixa, também conhecida como Obi, que ajuda a fechar o casaco. Algumas escolas adotam o sistema de faixas coloridas kyu/dan elaborada pelo mestre Jigoro Kano, criador do Judo, enquanto outras utilizam o sistema mais tradicional, apenas com as faixas branca e preta. Diversos autores e mestres citam as faixas coloridas (kyus) como um caminho até a aceitação do praticante como aluno da escola ao receber o diploma de faixa preta (dan). O mestre Stobbaerts, em uma conversa pessoal, definiu-me este sistema de uma forma bem mais acolhedora citando os kyus como os níveis de compromisso dos alunos com a escola bem como a preparação do mesmo para o início do aprendizado. Como poucas pessoas sabem, o primeiro dan (shodan), não significa receber um certificado de conclusão, e sim marcar a passagem de transição de uma preparação para o início do verdadeiro aprendizado. O aluno passou pelas fases preparatórias iniciais do corpo e da mente e esta apto a iniciar seu caminho na disciplina. O mesmo vale para as outras graduações, seja ela qual for, ela representa a transição entre fases de aprendizado.

Outra peça que compõe o Aikidogi é o hakama. Muitas vezes confundido com uma saia, o hakama utilizado atualmente na prática das artes marciais é uma calça folgada e pregueada também conhecida como joba hakama. Originalmente elaborada para proteger as pernas dos cavaleiros samurais contra ferimentos causados por arbustos e galhos enquanto cavalgavam, sua utilização ajudava a identificar os guerreiros perante a população japonesa antiga. Servia também para esconder seus pés em duelos e batalhas, impossibilitando a previsão de um ataque caso o oponente conhecesse o estilo de combate da outra escola.


Na prática do aikido, sua utilização varia de escola para escola, podendo ser utilizado desde o primeiro dia de prática do aluno ou apenas por aqueles que possuem a graduação de shodan em diante (yudansha). Inicialmente, não haviam restrições quanto a cor do hakama. Devido a falta de recursos financeiros muitos alunos do Mestre Morihei Ueshiba(植芝盛平 Ueshiba Morihei), fundador do Aikido, confeccionavam seus próprios hakamas com o tecido mais resistente que conseguiam adquirir. Muitos deles eram feitos em cores pouco convencionais, como verde e vermelho, o que levou O-Sensei a padronizar seu uso nas cores preta ou azul escuro para os alunos e reservado a cor branca para uso pessoal ou por futuros grandes mestre da arte. Nas costas do hakama, o nome do praticante é geralmente colocado do lado direito, bordado em japonês com kanji chinês, ou sinais de katakana japonês nas cores laranja intenso ou amarelo. A peça também é composta pelo koshiita, que situa-se na parte lombar ajudando a manter a vestimenta na posição correta e melhorando assim a postura do praticante, e do himo que são as tiras ou faixas para amarração (ushirohimo: tiras curtas e posteriores; maehimo: tiras compridas e frontais).

Outra característica bastante marcante desta peça e que exige um cuidado bastante especial são seus vincos ou dobras, chamados de hida. Além de tornar o hakama visualmente atraente por sua beleza, esses vincos possuem significados bem mais amplo perante a sociedade japonesa, cultura samurai ou arte marcial praticada, pouco conhecido até mesmo pelos próprios yudansha. No total de sete dobras, cinco na parte da frente (yosehida) e duas na parte de traz (ôhida), elas podem também representar as virtudes do samurai, como já citadas no início do texto. As grandes dobras também são conhecidas, em alguns contextos, por representar a consolidação das cinco virtudes (五徳 gotoku) representadas pelas pregas frontais. De acordo com alguns testemunhos e documentos antigos, o ato de dobrar o hakama pelos samurais era um ritual de confirmação de seu Do (道 caminho). Ao dobrar seu hakama, o verdadeiro samurai, conhecedor e seguidor das sete virtudes, refletia sobre a sua vida e verificava se estava trilhando o caminho correto.

O livro Memórias do Grande Mestre (Ô Sensei Morihei Ueshiba) da editora Pensamento relata uma lição do Mestre aos seus alunos sobre o hakama. Nele, Mitsugi Saotome, uchi deshi de Ô Sensei durante quinze anos e instrutor do Aikikai Hombu Dojo até a morte do fundador em 1969, cita sua experiência ao esquecer o seu hakama e tentar entrar no tatame para treinar:
"Quando eu era uchi deshi de Ô Sensei, todos deveriam usar hakama nos treinos. Desde a primeira vez. Não havia restrições ao tipo de hakama que você usasse; por isso o dojô era um lugar tão colorido. Eu vi todos os tipo de hakama, desde os mais simples aos mais sofisticados e caros. Havia gente usando hakama de Kendo, hakama próprio para dança e hakama de seda - chamados de sendai hira. Eu ficava imaginando aqueles estudantes ‘persistentes, que faziam o diabo para pegar emprestado o hakama de seus avós; exatamente aqueles feitos para ocasiões especiais e cerimônias, estragando-os na prática de suwariwaza.
Eu lembro vividamente do dia em que eu esqueci o meu hakama. Eu já estava me preparando para entrar no tatame usando só o meu dogi (keikogi), quando Ô Sensei me parou.
‘Onde está o seu hakama?, perguntou rispidamente. O que o faz pensar que pode receber instruções do seu mestre usando só roupas de baixo? Você não tem senso de decoro? Obviamente, está lhe faltando a atitude e etiqueta necessária para alguém que segue o caminho e os ensinamentos do budô. Sente-se ali, e apenas assista a aula!’ Esse foi apenas o primeiro de muitos sermões que eu recebi de Ô Sensei. Contudo, minha ignorância naquela ocasião chamou atenção de Ô Sensei para que ele desse uma aula, para todos os uchi deshi, sobre o significado do hakama. Ele explicou que o hakama era um traje para os estudantes do kobudô (o budô tradicional) e perguntou se havia alguém, dentre nós, que sabia o significado das sete dobras do hakama. ‘Elas simbolizam as sete virtudes do budô’. Ô Sensei disse: elas são jin (benevolência), gi (honra), rei (cortesia), chi (sabedoria), shin (sinceridade), chu (lealdade) e koh (compaixão). Nós encontramos essas qualidades nos samurais do passado. O hakama nos leva a refletir a natureza do bushidô. Vesti-lo simboliza as tradições que nos foram passadas de geração em geração. O aikido nasceu do espírito do bushidô e, através da prática, devemos nos esforçar ao máximo para lapidar essas sete virtudes tradicionais."
Este e outros textos sobre os princípios do Aikido também podem ser encontrados no livro "The Principles of Aikido", escrito pelo próprio Saotome.

CINTURÃO NEGRO


terça-feira, 30 de outubro de 2012

CINTURÃO BRANCO - 6ºKYU

www.facebook.com/pages/Aikikai-Ushuaia-Dojo/254847281284989?sk=photos_stream

CINTURÃO AMARELO - 5ºKYU

www.facebook.com/pages/Aikikai-Ushuaia-Dojo/254847281284989?sk=photos_stream

CINTURÃO LARANJA - 4ºKYU

www.facebook.com/pages/Aikikai-Ushuaia-Dojo/254847281284989?sk=photos_stream

CINTURÃO VERDE- 3ºKYU

www.facebook.com/pages/Aikikai-Ushuaia-Dojo/254847281284989?sk=photos_stream

CINTURÃO AZUL - 2ºKYU

www.facebook.com/pages/Aikikai-Ushuaia-Dojo/254847281284989?sk=photos_stream

CINTURÃO CASTANHO - 1ºKYU

www.facebook.com/pages/Aikikai-Ushuaia-Dojo/254847281284989?sk=photos_stream

FREE BOOK - "ZEN AND AIKIDO", by Shigeo Kamata and Kenji Shimizu

http://www.aikikai.org.br/artigos.php?indice=365


AIKIDO E ZEN



Aikido e a Influência do Zen

por Prof. Wagner Bull 6º Dan



Muitos chamam o Aikido como o " Zen em movimento". Na realidade, o objetivo do Aikido e do Zen é o mesmo, mas o método é diferente. No Zen, se procura treinar esvaziar a mente e depois deixar que outro centro assuma nossa consciência, no Aikido se procurar aumentar a percepção da mente, já no início, não focando em pensamentos isolados, isto posto, vamos falar das demais semelhanças entre as duas práticas. O máximo em tranquilidade mental consiste em ver a realidade tal como ela é. Assim, no Aikido como no Zen se procura uma postura que seja a expressão do máximo em tranquilidade possível a um ser humano. A grande diferença é que enquanto o Zen se pratica parado, o Aikido é treinado em movimento. A prática constante dos exercícios permitirá, inclusive, conservar esse estado de tranquilidade em todas as circunstâncias da vida, andando, descansando ou trabalhando. Se isso não acontecer, as ondas cerebrais estarão agitadas e tensas e a pessoa não terá a verdadeira tranquilidade. A ciência moderna define essa tranquilidade como sendo a perfeita integração do corpo e da mente ou a manifestação do verdadeiro Eu. O mundo de hoje está repleto dos mais variados ruídos. Uma entre dez pessoas apresenta distúrbios mentais e oito estão em situação periclitante. Vivemos numa época neurótica. Todos desejam tranquilidade física e mental. Talvez se deva a isso a actual procura dos métodos orientais para tranquilizar a mente. Devemos nos esforçar para o alcance dessa tranquilidade. O termo Zen vem do sânscrito diana, que na China modificou-se para zen-na, vindo posteriormente a ser abreviado para zen. Zen-na foi traduzido para "pensamento tranquilo".





Os antigos comparavam a mente à água dentro de uma vasilha, e diziam: Quando a vasilha se move a água se agita, mas quando fica imóvel o líquido fica tranquilo. Daí a ideia da prática do seiza, que passou a ser considerado o método correto para a abstenção da tranquilidade mental ser feita de forma imóvel. Isso porque, quando se está em pé, sem se ter o treino que o Aikido proporciona, o centro de gravidade do nosso corpo se acha em posição elevada, sem estabilidade suficiente, o que acarreta um estado de inquietude mental. E, quando se deita, a estabilidade do corpo é excessiva e provoca quietude mental também exagerada, gerando sonolência. Quando se dorme, obviamente não se está no estado de quietude mental visado. Além da posição sentada, buscaram-se condições ideais para a obtenção da quietude mental. Verificou-se por exemplo que, de olhos fechados, o praticante tem a sensação de estar balançando e se torna mais propenso ao sono. Por isso, os olhos devem ficar sempre abertos. Como não é bom que o corpo fique apertado, aconselha-se também que as vestes sejam folgadas daí no Aikido se usar o Dogui e o hakama, ambos roupas que dão grande mobilidade a quem as usa. Recomenda-se ainda que a coluna vertebral fique rigorosamente na vertical e que seja aumentada a quantidade de ar inspirada no processo respiratório. Para isso, o ideal é a respiração abdominal.



O Aikido usou estes conceitos e os introduziu em sua pratica, criando um eixo forte e imóvel apoiado no Hara, no baixo abdómen, de forma que ao se girar circularmente, de forma dinâmica como um peão, a velocidade acaba criando um centro imóvel, dando ao praticante a mesma sensação do Zen com o praticante em Seiza parado, mas no caso do Aikido com o corpo em movimento e com as vantagens decorrentes, ficando mais fácil para o aikidoca levar esta sua experiência para as actividades do cotidiano. Como no entanto ele usa movimentos e técnicas marciais para este fim, tem-se a vantagem adicional de estar aprendendo um eficiente arte marcial para defesa pessoal. A vida depende da respiração. O fim da respiração é um dos sinais da morte, fim da vida. Existe uma profunda relação entre respiração e saúde. Para ter uma vida longa, os sábios orientais sempre ensinaram que é necessário ter uma respiração profunda. Corpo e mente entram em quietude e são criadas melhores condições para a vida. Um adulto saudável respira doze vezes por minuto. A emoção aumenta esse número. Cólera, a emoção mais fácil de se observar, pode elevá-lo a quarenta por minuto. O corpo fica então extremamente exausto, o que prejudica a saúde. Uma pessoa normal, respirando normalmente, conserva um terço de seu volume sanguíneo mais ou menos estagnado no baixo-ventre. A respiração abdominal controlada acarreta uma circulação perfeita e é a usada na prática do Aikido.





Os antigos, como se ensina no Aikido, diziam que a mente estava localizada no ventre. Depois os povos, colocaram-na no peito. Hoje, os intelectuais e cientistas a situam na cabeça, no cérebro. Actuamos voluntária e conscientemente apenas sobre 5% de nossos neurónios, exercitando o pensamento, a memória, etc. Portanto, a recuperação da fadiga sofrida por essa parte é fácil. Entretanto, quando agimos de má vontade, obrigados por outrem, aumenta a actividade inconsciente, já que não o fazemos por vontade própria. Isso coloca em actividade 90% de nosso cérebro e provoca uma fadiga da qual não é fácil se recuperar. Uma pessoa de olhos fechados, em atitude de repouso, diminui sua actividade psíquica e tende a adormecer se permanece como está, ou, pelo contrário, tende a aumentar sua actividade se abre os olhos. Porém aquele que pratica correctamente o Aikido, como no Zen Tradicional, consegue, mesmo de olhos abertos, penetrar num estado profundo de repouso que nada tem a ver com o sono e conseguir realizar actividades físicas sem muito cansaço. Assim embora o Aikido e o Zen sejam práticas diferentes, tem muito em comum nos seus objectivos finais.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

AIKIDO THERAPY


Aikido Therapy is a Counselling Alternative.
If you are ready to stop talking about your problem and are ready to take action in dealing with your problem we may be able to help you.
Aikido Therapy is our Martial Approach to Problem Solving and Conflict Resolution.
Aikido therapy is also a perfect medium for Self Development.
Aikido Therapy is designed as a complimentary health therapy response to addictions (alcohol, drugs, gambling, sex, shopping, gaming etc.) also relationship difficulties, stress management, anxiety, bereavement, conflict resolution, paranoia, anger management, OCD, PTSD, complexes and ideation's. Aikido Therapy is also a perfect medium for  self development.
Aikido Therapy is also a martial approach to problem solving and conflict resolution.
Chris Mc Cormac and Mary Hoban are the founders of Aikido Therapy.   The therapy is based on four seperate yet complimentary desciplines ;
1. Aikido. This is a Japanese Martial Art which has at its heart non-destruction of the self and non-destruction of others. Here we exploregently what a physical balance and unbalance is and how we can interpret this in our everyday lives.
2. Sanshin. This Martial principle is the state of a calm mind before, during and after a distructive activity either by the person or to the person. Within Sanshin we explore different tools to bring the person into the present moment instead of living in the past, future or fantasy.
3. Adult Continuing Education Philosophy. Here we explore what it is to be an adult and we examine how we make sense of our world. We also look at our frame of reference and the hidden assumptions we may carry with us. We introduce the concept of lifelong continuing emancipatory education.
4. Non- Disclosure Counselling. This is our unique and innovative approach, we do not need a persons history or detail of their problem, we only need to know that a person wants to bring change to their life.We feel that information is power and we would prefer that power to remain with the person who has the problem.


Aikido Therapy is registered with A.R.C.H.T.I. (Association of Registered Complimentary Health Therapists of Ireland).
Mary and Chris are full members of A.R.C.H.T.I. and are based in Co. Meath, Ireland.
www.aikidotherapy.com

AULA ABERTA / 20.10.12

com a participação de Ana e Miguel, instrutores do  BODYCRAFTS 
(Rua Monserrate Bloco B-J-5, Monserrate 4900-355 VIANA DO CASTELO)



















COMO ARRUMAR HAKAMA



first you...then you...



dojo
FOLDING THE HAKAMA
Even before you get to wear your own hakama, it is always goof practice to learn how to fold a hakama. One of the best ways of learning to do this is to fold your sensei's hakama for them. 

It is correct etiquette that your sensei should never have to fold their own hakama. So by taking this opprotunity you will begin to learn this skill. Senior student who are wearing their hakama should not only know how to fold and wear it, but also be aware of the virtues it represents and start learning to apply them into their daily lives. 

Durning the final process of folding the hakama, when the two larger straps have been folded and crossed over the student student say to themselves the following as they tie the smaller straps around the larger ones. hakama. (see image below) 

1. Pass through the centre of the universe.
(figures 10 and 13). 

2. Govern the self. (figures 11 and 14). 

COMO VESTIR HAKAMA